Paiol Grande é lugar de bons momentos e lembranças

Vista do chalé Primavera. Foto: Claudio Vitor Vaz

Os chalés ficam encravados num declive todo gramado e com caminhos cheios de pedrisco, cercados de pinheiros e paineiras. É preciso ter disposição para subir e descer por escadas e estradinhas, mas o visual vale muito a pena: é mágico olhar para o alto e admirar o paredão de mata e pedra que forma o complexo do Baú. De noite ou de dia, aquele colosso da natureza está lá, impassível e nos fazendo sentir tão pequeninos.

A floresta atrai muitos pássaros e o canto deles, logo cedinho, enche os ouvidos. Assim como os monitores, que caem da cama às 6h, de megafone em punho, cantando músicas de ordem e saudando cada um dos chalés.

Os mais velhos, conhecedores das tradições do Paiol, pulam cedo da cama e vão receber os monitores de pijama mesmo, nas portas dos chalés, respondendo a palavras de ordem.

Paiol significa o lugar onde se guarda produtos agrícolas e outros materiais utilizados em fazendas, mas no caso do acampamento, dá o nome ao vale do Complexo do Baú, que se tornou cenário onde as gerações de famílias vivem e guardam bons momentos e lembranças.

Encontramos gente que frequenta o lugar desde a década de 1950, primeiro como criança, levado pelos pais, depois, quando adulto, levando os filhos e, hoje, é levado pelos filhos já adultos e netos.

A beleza do vale e a diversão sem pressa e consumismo propiciam o surgimento de novas amizades ou até mais do que isso. Conhecemos gente que conheceu o futuro marido ou esposa lá, teve filhos e continua a tradição de levar as crianças.

O Paiol também atrai muitos educadores e diretores de escolas de ensino Fundamental e Médio que vêm de longe para conhecer o local e, posteriormente, agendar a ida com as turmas de alunos.