Biritiba-Mirim mergulhado no nevoeiro
Município de pouco mais de 30 habitantes tem grande porcentagem de mata nativa
O espaço do camping fica num vale, cercado de floresta de eucaliptos, incluindo a frondosa araucária, com trilhas internas que levam a uma caverna chamada “Gruta Encantada”. Escolhemos montar barraca numa clareira próxima de uma pequena lagoa e uma ponte que liga a à área de Ready Camp – o setor mais procurado pelos visitantes.

Com o estômago colado às costas de fome, pegamos o carro para visitar o Centro de Biritiba-Mirim e descobrir algum restaurante aberto num fim de tarde chuvoso. Encontramos o Tom Café Lanchonete, que serviu refeição completa, isso às 17h! Escolhemos bife de alcatra, feijão, arroz, fritas e salada, e devoramos em poucos minutos.
De barriga cheia, fomos às compras de mantimentos. Incrível como tudo é mais barato no interior de São Paulo! Fizemos uma compra grande, incluindo legumes e carnes para nosso churrasco de camping, e gastamos 300 reais! Em Santos, com certeza, passaria de 600 reais.
Por causa da chuva intermitente, cozinhamos na nossa barraca mesmo, e passamos uma noite brigando por espaço no único colchão inflável de casal, pois o segundo que levamos, furou. Claudio bem que tentou dormir sobre a lona do colchão vazio, mas a friagem que sobe do chão, de madrugada, torna impossível de suportar.
Nós ficamos grudadinhos, com Maria quentinha no meio da gente. Outro desafio é acordar no meio da madruga para fazer xixi, ô coisa difícil, quando chove e faz frio no meio do mato! Levar rolo de papel higiênico extra nesse tipo de viagem é imperativo, pois nunca se sabe a hora que a necessidade bate e, dependendo do lugar, essas pequenas comodidades podem ser cobradas.
Na manhã seguinte, acordamos com a neblina rodeando a nossa barraca, e esse cenário mágico se repetiu em nosso último dia no camping, durante um mergulho de tarde, no parque aquático. Nem se via o toboágua de dez metros, mergulhado nas nuvens! Todo o centro de Biritiba-Mirim ficou branco, parecia filme de suspense.

N’outra manhã, acordamos rodeados de pôneis! Isso mesmo! pôneis pastando solenes em nosso jardim! Papai Claudio virou o “encantador de pôneis”, pois eles ficaram rodeando a barraca enquanto ele tentava guardar tudo para partirmos de volta a Santos!

O jeito foi atender aos caprichos dos queridos equestres e dar o que sobrou da nossa dispensa para eles, como cenouras, maçãs e pão integral! Comeram tudo e, ainda, procuraram por mais nas caixas de papelão onde armazenávamos os suprimentos!

Outro acontecimento marcante nesse camping foi a Maria Paula ter aprendido a jogar cartas com a gente! Ela jogou três partidas e ganhou uma! Tinha de fazer jus ao fato de ser neta com uma das maiores jogadoras de tranca de Santos, a vovó Neide, que chegou a participar de competições ao lado do finado marido, o “seu” Aldo.