Sobre as águas de Olímpia

Escorregador Flutuante do Thermas dos Laranjais. Fotos: Claudio Vitor Vaz

O interior de São Paulo é uma região fértil em história, natureza e cultura, com cidades de pequeno e médio porte nas quais viceja o turismo de lazer e de negócios. Exemplo disso é a Estância Turística de Olímpia, a 528 quilômetros de Santos.

Conhecida como a Capital Nacional do Folclore, a cidade também conquistou o título de Paraíso as Águas Quentes. Isso graças às águas termais do Aquífero Guarani, que abastecem um dos maiores parques aquáticos do mundo: o Thermas dos Laranjais, que opera numa área de 300 mil metros quadrados.

Com pouco mais de 50 mil habitantes, Olímpia ferve com tantos turistas que acessam o Thermas: inaugurado em 1987, o local atrai cerca de 2 milhões de visitantes anualmente, o que o levou a ser considerado o parque aquático mais visitado na América Latina e terceiro no mundo.

Mas este não é mais o único parque termal do município: em 2017, foi inaugurado o Hot Beach Olímpia, um empreendimento menor, bem ao lado do Thermas.

A melhor época do ano para visitar Olímpia e realizar atividades de clima quente é entre final de abril e início de setembro. A reportagem visitou a cidade em março, num fim de semana logo após o Carnaval, quando termômetros marcavam mais de 30 graus.

A nossa ida ao Thermas dos Laranjais foi feita numa tarde quente de domingo, na véspera da volta a Santos. Não foi uma boa ideia deixar para conhecer o parque naquela tarde abafada, quando várias nuvens se formavam no horizonte.

Apesar do clima oscilante, foi possível conhecer um pouco da diversidade de atrações do parque, que estava inaugurando um novo brinquedo: um complexo de toboáguas radicais, chamado de Lendário.

Os brinquedos são distribuídos num ambiente todo temático, decorado por uma alegre cenografia, que reproduz cavernas e ambientes tropicais. Por ali, o público e os funcionários do parque – cerca de 500, todos moradores de Olímpia – circulavam sem grandes aglomerações. Com a Maria Paula, não pudemos ir aos brinquedos radicais. Então, podemos falar daqueles direcionados às crianças e famílias.

Brincamos na Piscina Maluca, com uma prova de obstáculos flutuantes; no Mar Azul, a segunda piscina de ondas construída no Thermas, com mais de 1800m² de água quentinha e ondas de até 1,5m, que enfrentamos a bordo de um bote; no Rio Lento, com boias que percorrem mais de 300m. Sozinha – quando minha filha ficou com o papai –, pude curtir a piscina de sal, que não afunda, assim como o Mar de Israel. Ainda queríamos visitar o zoológico e a fazendinha, mas a chuva nos pegou antes, e foi tão forte que tivemos de abortar a brincadeira e voltar para o carro no estacionamento.