Pousada Tarundu parece uma casa de bonecas

Maria Paula colocando lenha na lareira na Pousada Tarundu. Foto: Claudio Vitor Vaz

Fundada em 1986, como hospedaria para cavaleiros, a Pousada Tarundu é uma casa de madeira, pintada de rosa e lilás, ao final de uma alameda florida, dentro do parque. Com quatro suítes, possui sala com lareira, poltronas e uma longa mesa, onde é servido um generoso café da manhã colonial. A decoração é obra da psicoterapeuta Evadne Perugine, e traz objetos de todas as origens, formas e histórias, dando um ar de conto de fadas que encanta a adultos e crianças.

Numa noite bastante fria, quando só havíamos nós na sala da pousada, recebemos um delivery de fondue do restaurante La Gália. Nós nos deliciamos com a iguaria enquanto Maria Paula brincava e se aquecia, com seus cavalinhos de brinquedo, no carpete em frente à lareira acesa. A sensação de conforto e bem-estar foi tanta que poderia nevar que nem notaríamos.

Interior da suite 4, pousada Tarundu, em Campos do Jordão. Foto: Divulgação

Ficamos na suíte 4, com cama de casal no mezanino, cama de solteiro embaixo, frigobar, TV 43”, aquecimento central, aquecedor e wi-fi.

Pela manhã, fomos recepcionados pelos próprios donos do Tarundu, e tivemos a grata experiência de escutar histórias sobre o pioneirismo do avô materno de Ricardo Lenz, o engenheiro elétrico Luiz Dumont Villares (1899-1979), que, junto do sogro, construiu um dos mais antigos e famosos hotéis de Campos, o Toriba, inaugurado em 1943. O avô de Lenz é sobrinho-neto do inventor e um dos pais da aviação, Santos Dumont.

Interior da sala de café da pousada Tarundu, em Campos do Jordão. Foto: Divulgação

Villares também foi proprietário da Pedra do Baú, o cartão-postal da cidade, um paredão de pedra a 1.950 metros de altura – uma curiosidade é que o avô foi responsável pela construção da escada de ferro e pedra que leva ao topo da pedra, e também foi um dos fundadores do primeiro acampamento do Brasil, o Paiol Grande, há mais de 70 anos, no município vizinho, São Bento do Sapucaí (sobre o qual já escrevemos neste caderno).

Lenz é engenheiro mecânico, e desenvolveu paixão por Campos do Jordão ainda criança, graças ao avô, que o colocava ainda menino no carro e dirigia até a cidade, para desbravar matas e rios. Quando se aposentou como diretor da empresa Villares, em São Paulo, decidiu que passaria seus próximos anos em Campos: “Comecei com cavalos (em 1979). Investi toda a minha aposentadoria no Tarundu”, orgulha-se. As diárias de final de semana custam a partir de R$ 211,00 por pessoa; de semana estão a partir de R$ 114,00 por pessoa. Inclui café da manhã. Veja em tarundu.com.br/pousada.