No meio do caminho, havia quatro pedras – Rota das Pedras

São 10 horas de sábado e o primeiro grupo da então recém-inaugurada Rota das Pedras se enfileira para receber as instruções sobre o trajeto, na Fazenda Coronel Jacinto, a 15 quilômetros do perímetro urbano de Bragança Paulista. O município de Pedra Bela é o destino dos aventureiros e das famílias visitantes da fazenda bragantina.

Quem dá as coordenadas finais ao grupo é Enry de Saint Falbo Junior, o advogado amante de rallies e também diretor da fazenda. Pontualmente, o comboio de quadrimotos e veículos SUV puxados por Enry deixa o local rumo à primeira pedra.

Mas que pedras são essas? Enry não é só o diretor da Fazenda Coronel Jacinto, ele é o idealizador do roteiro. Aliado à empresa Reis Adventure, que alugar os veículos 4×4 e motociclos, Enry pensou num roteiro por terras que já conhecia bem, que saísse da fazenda, a Pedra Santuário, a Pedra Santa e a Pedra das Araras.

O primeiro destino da rota é a Pedra Maria Antônia, situada a poucos quilômetros da divisa dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Da própria pedra é possível observar a cidade de Toledo e boa parte de Pedra Bela. Um ponto de observação privilegiado e tão bem localizado que serviu de observatório das tropas paulistas que monitoravam os movimentos dos inimigos mineiros durante os embates da Revolução Constitucionalista de 1932. A entrada para a trilha da Pedra Maria Antônia é gratuita e acessível por veículos com Tração 4×4 ou mesmo a pé.

Por estradas de terra, a cruzar propriedades privadas e estradas vicinais, o comboio adentra a mata mais uma vez e por caminhos que fazem perceber a recomendação por veículos com tração num passeio com oeste. Para não perder nada, nem o comboio de vista, Enry enfatiza esta recomendação na subida de um morro íngreme de cascalho e terra fina, ponto de observação da segunda pedra da rota, a Pedra Santa.

A pedra é assim chamada pelo fato de suas fendas representarem, para olhares mais devotos, os traços da imagem de Nossa Senhora da Aparecida. Mais uma vez as máquinas se posicionam em comboio para um dos pontos mais esperados da rota das pedras, a Pedra Santuário, onde haveria a degustação do prato regional conhecido como Porco na Lata, uma receita de colonos italianos que conservavam a carne de porco na própria banha em latas guardadas pela casa.

O nosso grupo de jornalistas e aventureiros esperavam provar o Porco na Lata e conferir de perto a maior tirolesa das Américas, um cabo de aço estendido por 1.800 metros do alto da Pedra Santuário até o Centro de Pedra Bela, numa descidaquealcança80km/h. Mas o porco e a tirolesa teriam de ficar para um futuro próximo,quando a logística da Rota das Pedras estiver definitivamente pronta para o público que pretende receber.

O Porco na Lata foi substituído por um delicioso macarrão Penne alla Bragantina, oferecido pelo chef Lillo, de Pedra Bela, e a descida pela tirolesa do morro santuário foi adiada para não atrasar o grupo.

Pedra Bela está a 112 quilômetros da Capital e tem acesso pelas rodovias Fernão Dias e Capitão Barduíno.