E o menu de hoje é: miojo!

A chuva caiu mansa de noite. As duas lanternas que levamos mostraram-se muito úteis na hora de encontrar as coisas dentro e fora da barraca, pois a área do camping fica bem escura.

Ficamos confortáveis na barraca, sem o mosquiteiro, para receber a brisa noturna. Eu já tinha passado repelente na Maria, mas um pernilongo nos visitou no meio da madrugada.

Pela manhã, acordamos com a cantoria de Chopim, Canário da Terra, Cigarra do Coqueiro, Coleirinho, Bigodinho, Chorão, Tiê Vermelho, Tiê Preto e outros pássaros que fazem parte da fauna local. Maria tinha duas picadas vermelhas na bochecha, lembrança da “dona mosquita”.

Hostel na área do camping Itamambuca Eco Resort. Foto: Claudio Vitor Vaz
Hostel dentro da área do camping Itamambuca Eco Resort. Foto: Claudio Vitor Vaz

O domingo amanheceu ensolarado. Provamos o café da manhã do hostel em frente ao camping, que custa R$ 28,80 por campista. O desjejum foi farto: frutas, pão de queijo, bolo de brigadeiro, iogurte, suco de laranja, café, achocolatado, leite. 

|“A bordo da bicicleta, exploramos toda a área do resort “

Depois de nos refrescarmos na piscina do camping, que é maior do que a do hotel e tem uma parte rasa para as crianças, experimentamos dois dos passeios oferecidos no resort: a bicicleta triciclo para a família e o caiaque, disponíveis para locação.

A bordo da bicicleta, exploramos toda a área do resort: um passeio refrescante por causa da mata ao redor, e vimos alguns animais silvestres como esquilos e um lagarto. Também descobrimos outra brinquedoteca, maior e mais equipada ao lado do hotel, com sala de jogos e uma copinha da mamãe com fogão, microondas e filtro.

Depois de uma hora e meia pedalando, trocamos o triciclo pelo caiaque. Colocamos coletes salva-vidas e fomos explorar as águas calmas do rio Itamambuca. Maria viajou entre nós e chorou muito por um remo. Coloquei-a em meu colo e a deixei remar comigo. 

Descemos num mangue para pular na lama e procurar caranguejos – são 15 espécies, como o Guaiamum e sua enorme carapaça azulada. Conseguimos ver um de carapaça vermelha, popularmente conhecido como Maria-Mulata, que não por acaso dá nome a um restaurante no deck do resort.

Já era hora do almoço quando voltamos para a barraca. Preparamos miojo com atum, tomate e queijo. De tarde, nadamos no rio. Quando as águas baixaram, surgiu uma ilha de areia no meio das águas, onde as crianças foram brincar.

O céu anunciava chuva pesada. Depois do banho, subimos até a brinquedoteca do hotel, onde Maria brincou com uma amiguinha. Dentro da copa, a mãe da menina preparava a janta. Quando anunciou o jantar, estiquei o olho e vi que o prato era… miojo!

Descemos para a área do camping e, enquanto tomávamos banho, papai preparou o jantar: miojo (oh, não!) com milho, atum e tomate. Maria estava com tanta fome que abraçou a panela na hora de comer.

 A chuva chegou forte e a lona nos protegeu de toda aquela água.