Aventuras no teatro da Mônica

Toda a turma da Mônica reunida para salvar as crianças de
uma cidade onde a única diversão são as telas de celulares

Chegada a hora do espetáculo, as cortinas vermelhas se abriram com uma montagem original, inspirada num tema bastante atual e oportuno que é o vício no celular. Personagens literalmente quadrados (com roupas que lembram o Bob Esponja) vivem numa cidade cinza e poluída chamada Chatópolis. Eles não tiram os olhos do celular, não interagem entre si nem brincam. A aventura começa quando um menino perde o sinal do celular e vai parar na cidade vizinha, onde vivem os personagens da Turma da Mônica. Ali, tudo é colorido e divertido.

Cascão, Cebolinha, Magali e Mônica aparecem e ficam intrigados com aquele menino todo esquisitão, que só para de olhar o celular quando aprende algumas brincadeiras ao ar livre, canta e dança com os novos amigos. Brincando, ele se transforma num menino saudável e colorido. O final não vou contar para não estragar a surpresa, mas o Parque da Mônica oferece diversos espetáculos, sobre outros temas, em diferentes horários ao longo do dia.

Chegada a hora do almoço, optamos por comer num dos restaurantes da praça de alimentação do shopping, bem em frente ao parque. Na saída, cada um de nós ganhou um carimbo com a cara do Cascão no braço – o que chega a ser engraçado, pois o carimbo só sai se nos lavarmos, e sabemos que o personagem tem pavor de banho!

Após a pausa para comer, voltamos ao parque pela loja e aproveitamos para comprar algumas lembrancinhas para as crianças, como um relógio de plástico com a cara da Magali (R$ 5,00) e um estojo todo decorado com o boneco do Cascão dentro (a R$ 60,00). Há opções para todos os bolsos e idades.

Os próximos brinquedos que visitamos foram o Carrossel da Mata; CeBolinhas, com vários canhões de ar para disparar bolinhas de tecido; Brinquedão do Chico Bento, com diversos obstáculos e escorregadores; Roda-gigante da Turma; Piscina de Bolinhas do Cascão; Trombada do Louco (o clássico carrinho bate-bate); Engenheiros do Parque, que simula um canteiro de obras, com diversos blocos para as crianças montarem todo tipo de estrutura.

Um dos brinquedos mais legais e educativos é o Missão Fundo do Mar, uma atração multimídia, que simula uma viagem submarina com o objetivo de limpar o lixo despejado pela atividade humana. As crianças interagem com uma animação do fundo do mar, projetada numa grande parede: as imagens reagem ao toque e os desenhos de animais marinhos, coloridos pelas crianças no local, são escaneados e projetados na animação.  

O tempo voou enquanto estivemos no Parque da Mônica. Quando resolvemos olhar o relógio, já passava das 16h. Não deu tempo de conhecer todos os brinquedos e ficamos devendo visita ao Coelhada nas Estrelas, um super simulador 4D, que leva a família a uma viagem no espaço! Assim, deixamos o mundo mágico do parque para encarar o trânsito paulistano antes da descida a Santos, com as crianças cansadas mas felizes cochilando no banco de trás.

Em tempo: na ida e na volta a São Paulo, o GPS nos mandou seguir por dentro de uma comunidade, na Estrada do Alvarenga, para desviar do congestionamento causado pela interdição na Marginal Pinheiros, após um viaduto ceder no final do ano passado. O comércio local é intenso, e o caminho, asfaltado, mas tortuoso e cheio de ladeiras. É preciso atenção redobrada nos cruzamentos.