Aquário de São Paulo: o primeiro oceanário temático da América Latina

Uma amostra importante do mundo aquático e terrestre, com animais de continentes distantes como África, Ásia e Oceania, pode ser visto num dos oceanários mais incríveis do planeta, o Aquário de São Paulo. Encravado no bairro Ipiranga, é um dos passeios mais procurados pelas famílias em visita à Capital, faça chuva ou sol.

Inaugurado em 2006, como o primeiro Aquário Temático da América Latina, com 3 mil metros quadrados, o Aquário de São Paulo passou por várias transformações até 2015, quando foi ampliado para 15 mil m². São 4 milhões de litros de água, onde habitam milhares de animais de centenas de espécies.

Família observa o bailar das lontras no Aquário de São Paulo. Foto: Claudio Vitor Vaz

É um daqueles lugares em que os adultos voltam a ser criança, com direito a deixar cair o queixo diante de animais belos e raros como tubarões, arraias gigantes, cangurus e, sua maior atração: o urso polar que, neste caso, é uma ursa chamada de Aurora, que acabou de entrar na adolescência.

Entre as razões para o sucesso do lugar estão: a variedade de espécies que abriga; os cenários, que reproduzem ambientes de caverna, submarino, navio pirata e até da área de embarque de um aeroporto (leia mais sobre a cenografia logo abaixo); a acessibilidade, com rampas de acesso para todas as instalações; e a conveniência, com lojas, lanchonete e restaurante.

Chegamos ao Aquário de São Paulo no final de uma ensolarada manhã de domingo.  Antes de entrarmos, foi curioso ver alguns vizinhos do lugar oferecendo suas garagens para estacionarmos. Optamos por uma vaga numa rua próxima, mas o oceanário oferece estacionamento próprio, por R$ 35,00.

Maria Paula se animou já no hall de acesso ao Aquário, com duas réplicas de peixe-boi em tamanho natural pendendo do teto e um tubarão enorme, feito em fibra de vidro, com sua bocarra aberta. Uma dica a todos os integrantes da família: se você for pela manhã, é bom chegar com um belo café da manhã na barriga, pois passamos várias horas ali.

O início do passeio se dá por uma discreta portinha lateral – para conter o ar condicionado na área interna. Prepare-se para se perder naqueles corredores escuros e frios, que se parecem com uma caverna. A única fonte de luminosidade vem dos tanques com os peixes. Aproveitamos para ver cada um com calma, absorvendo todos os detalhes das espécies e as explicações de um guia de acompanhava uma excursão.  

Alguns passos adiante já há tanques com fontes de luz natural para os anfíbios como jacarés, tartarugas, sapos, pererecas e uma imponente sucuri, com vários metros de comprimento.

Após percorrermos um corredor com detalhes que lembram um submarino, desembocamos na sala de controle do mesmo, com tanques ao redor e acima das nossas cabeças, por onde pudemos ver animais marinhos de grande porte, como tubarões, arraias e outras espécies.

Atrações à parte dentro do Aquário

Dentro do Aquário, aproveitamos para conhecer três atrações à parte, com ingressos a R$ 15,00 cada uma: o Jurassic Aquarium, o Aquário Abaixo de Zero e o Novo Cinema7D. Começamos pela primeira opção: a bordo de um trenó temático, entramos num túnel escuro onde réplicas mecânicas dos animais saltaram do cenário em nossa direção, soltando gritos e até saliva (na verdade, borrifos d’água). É emocionante! O passeio dura apenas um minuto, mas vale o preço se você estiver acompanhado de uma criança.

O Aquário Abaixo de Zero segue o mesmo esquema, com trenó que adentra um túnel e réplicas de animais extintos, como mamutes e dentes-de-sabre gritam e saltam. Já o cinema, apesar da proposta interessante, é caro para alguns minutos de projeção e com pouco efeito 3D. Há duas opções de projeção: um filminho com dinossauros e uma corrida na neve.

Fizemos uma pausa para almoço no amplo salão do restaurante do Aquário. Foi bom para descansar as pernas e forrar o estômago, pois ainda havia muito a percorrer. O bufê a quilo custa pouco mais de R$ 50,00, com opções variadas servidas em ambiente bastante agradável  e iluminado por janelas redondas como as de um navio.

Dali, passamos pelos tanques dos pinguins, das focas e lontras, num ambiente decorado com réplicas de navios piratas. Perto dali, ficam animais amazônicos como o peixe-boi e o maior peixe do Amazonas: o pirarucu, num cenário que remete à floresta Amazônica.

Cangurus descansam no complexo Austrália do Aquário de São Paulo. Foto: Claudio Vitor Vaz

Então chegou a hora de deixarmos o fantástico mundo aquático para voltarmos à terra firme, embarcando num avião para países como Indonésia, Austrália e Nova Zelândia. Ao passarmos por uma espécie de salão de embarque, chegamos a solo africano, onde vimos suricatos, macacos e raposas voadoras. O passeio segue por Austrália, com cangurus, ursos coalas equidnas (um animal engraçado, que parece um porco-espinho, bota ovo, mas é mamífero); Nova Zelândia e termina no Polo Norte, com a visita ao urso polar e ao leão do mar – que pudemos ver sendo alimentado.

Aurora a companheira do Peregrino: afastados temporariamente em nome do amor. Foto: Claudio Vitor Vaz

A ursa Aurora estava impaciente, andando de um lado para outro e cheirando uma portinha que dava para um recinto onde seu companheiro, o urso Peregrino, está isolado até o próximo cio, conforme explicou uma das monitoras. O objetivo da separação é motivar que os ursos, ao se reencontrarem, procriem em cativeiro.

Um elogio à cenografia do Aquário

Muito do sucesso do Aquário de São Paulo se deve à cenografia, que faz o público viajar por diferentes regiões do planeta, passando pela Floresta Amazônica, pelo outback australiano, por submarinos, navios naufragados, estação polar e outros ambientes. Esse trabalho caprichado e minucioso é realizado por uma equipe coordenada por Lee Oliveira, que recebeu o prêmio de 1º Artista Plástico em Cenografia Aquática do Rank Brasil, o Livro dos Recordes Brasileiro. Todos os ambientes cenográficos dos animais também foram criados por este departamento, seguindo as orientações de biólogos, veterinários e oceanógrafos do Aquário.

Como faço para chegar no Aquário de São Paulo?
O aquário fica na Rua Huet Bacelar, 407, Ipiranga, São Paulo
Tel +55 (11) 2273-5500

Qual o horário e funcionamento do Aquário de São Paulo?
Funciona de segunda a domingo e feriados, das 9h às 19h,
com entrada permitida das 9h às 17h e bilheteria a funcionar das 9h às 17h.

Quanto custa a entrada para o Aquário de São Paulo?
Ingresso Infantil: R$ 60,00 (crianças de 2 a 12 anos)
Ingresso Adulto: R$ 90,00
Ingresso Melhor Idade*: R$ 45,00
Válido para visitante com idade igual ou superior a 60 anos
Ingresso “Segunda-Feira com Desconto”: R$ 60,00
Válido somente às segundas-feiras. Preço único para adulto ou criança
Ingresso Cortesia para Deficiente Físico: Isento de Pagamento.

Onde estaciona no Aquário de São Paulo?
O Aquário possuí estacionamento com Seguro: R$ 35,00

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